08 mar Especial Dia da Mulher: As mulheres na Odontologia
O Dia Internacional da Mulher, lembrado anualmente hoje 8 de março, vai além das flores, chocolates e homenagens, e certamente não é uma data de origem comercial. Ela remonta a reivindicação das mulheres por igualdade de direitos sociais e trabalhistas, desde o início do século XX, em fábricas pelo mundo todo.
A busca por direitos e igualdade das mulheres é uma luta diária. Conquistar seu espaço no mercado de trabalho ainda é, para o espanto de todas, uma tarefa árdua. O preconceito e desigualdade de oportunidades pode ser observada em diversos setores.
Felizmente, aos poucos, o cenário vem mudando.
A história das mulheres na Odontologia
Fato é que, na odontologia, elas já dominam o mercado. De acordo com o último censo do IBGE, realizado em 2010, 69% das profissionais que se formam são representantes do sexo feminino.
Mas nem sempre foi desta forma. No século XIX quando surgiram as primeiras graduações em odontologia, as mulheres tiveram de lutar para ter o direito de estudar. Assim foi com a pioneira Lucy Beaman Hobbs Taylor (1833-1910) nos Estados Unidos. Ela se interessou inicialmente pela área médica e foi recusada pela faculdade de medicina em Ohio, que sugeriu que ela optasse pela odontologia.
Sem desistir, em 1861 tentou ingressar na universidade e foi recusada novamente. Persistente, resolveu então abrir o próprio consultório, uma vez que a atividade prática, na época, era permitida mesmo sem a graduação. Anos mais tarde, reconhecida pelo seu talento, foi admitida pela Sociedade Odontológica de Iowa, fato que influenciou a Ohio College of Dental Surgery, que então admimtiu Lucy como aluna e diplomou-a em seguida.
Lucy foi a primeira mulher a receber a graduação de cirurgiã-dentista nos Estados Unidos. Ela ainda ensinou ao marido a prática da odontologia, trabalhando juntos por anos. Após a morte do companheiro, em 1886, Lucy passou a defender os direitos das mulheres.
Já no Brasil, quase 40 anos depois, Isabella Von Sydow foi a primeira mulher a se graduar em odontologia, compondo o time dos quatro profissionais formados pela escola de odontologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro — os outros três eram homens, integrantes da primeira turma da escola.
Virada no cenário
Na década de 1960, os dentistas eram majoritariamente do sexo masculino, representando 90% dos profissionais registrados no Conselho Federal de Odontologia (CFO), de acordo com um estudo feito sobre o perfil do cirurgiões-dentistas feito pela Faculdade de Odontologia de São Paulo.
Após 40 anos, as cirurgiãs-dentistas se tornaram maioria, representando 56,3% dos profissionais com registro ativo em 2008, acompanhando a ascensão geral das mulheres ao nível superior, um processo que se iniciou na década de 80.
Atualmente elas mantêm seu domínio: são 163.866 mulheres com registro ativo no CFO, contra 114.838 homens, de acordo com dados de 2016.
A maioria das profissionais têm entre 26 e 35 anos. Apenas na faixa etária acima de 56 anos é que os homens são a maioria dos profissionais formados.
Assim como as demais empreendedoras — 36,2% das mulheres que empreendem têm curso superior completo, contra 23,9% dos homens, de acordo com um estudo do SEBRAE — as mulheres na odontologia também estudam mais, sendo a maioria dos profissionais com registro de especialidades no CFO.
Fonte: http://coifeodonto.com.br
Que nada te impeça de seguir sorrindo!
Parabéns mulheres por esse dia especial!
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