Dentista para pessoas com necessidades especiais

A odontologia para pessoas com necessidades especiais surge para atender a esse público da forma mais conveniente e permitir que tenham acesso ao melhor atendimento possível por parte dos profissionais de odontologia.

Para pessoas com necessidades especiais, o mais indicado é uma abordagem diferenciada nos tratamentos odontológicos.

Isso é importante para o manejo correto dos casos, de acordo com a técnica odontológica e o conhecimento das doenças, ou das condicionantes de saúde, apresentadas pelo paciente.

Vale lembrar que alguns grupos de pessoas com necessidades especiais podem ser mais suscetíveis a doenças bucais, que são causados por diferentes motivos, desde dificuldades motoras para realizar a higiene oral, até doenças que comprometam o sistema imunológico, facilitando o aparecimento de doenças oportunistas na cavidade oral.

Então, acompanhe este conteúdo até o fim para eliminar suas principais dúvidas sobre atendimento de odontologia para pessoas com necessidades especiais.

Primeiro, o que são pessoas com necessidades especiais?

Pacientes com necessidades especiais são aqueles que possuem uma condição de saúde que interfira na sua rotina diária e no seu contexto biopsicossocial. Em suma, essa condição de saúde pode ser simples ou complexa, de ordem biológica, física, mental, social e/ou comportamental.

Vale lembrar que as condicionantes são diversas. Algumas podem ser transitórias como, por exemplo, gestação ou tratamentos de quimioterapia ou radioterapia. Já outras podem ser permanentes, como autismo, síndrome de down, doenças cardíacas e transplantes, entre outras.

Por que uma abordagem diferente para pessoas com necessidades especiais?

Porque, muitas vezes, são pacientes com dificuldades motoras ou de deslocamento. Nesse sentido, precisam de um espaço adequado para o atendimento, emprego de técnicas comportamentais, administração de medicamentos antes ou durante o tratamento, cuidados com tipos de anestésicos e prevenção de complicações, entre outras cautelas.

Qual o primeiro passo do atendimento a pessoas com necessidades especiais?

Antes de iniciar o tratamento, é muito importante que o cirurgião-dentista realize uma avaliação integral da saúde geral do paciente, tendo conhecimento de suas condições médicas preexistentes, medicamentos em uso e exames complementares.

Além disso, na primeira consulta são avaliados o comportamento do paciente e seus aspectos de socialização.

Todas essas medidas contribuem para oferecer um atendimento mais especializado, considerando a situação de cada paciente. Veja algumas hipóteses a seguir.

Dentista para pessoas com autismo

No caso do paciente com transtorno do espectro autista, por exemplo, que não lida bem com estímulos externos (sons, imagens, ambientes diferentes, cheiros, etc.), o profissional deve estar atento a manter o ambiente do consultório odontológico o mais tranquilo possível para facilitar o primeiro contato com o paciente.

Existem diferentes técnicas para esse tipo de atendimento, que são aplicadas para que se obtenha a cooperação dos pacientes. Entre algumas delas, podemos destacar são:

  • iniciar atendimento sem paramentação (luva, touca, óculos, jaleco);
  • utilizar figuras, brinquedos, fantoches;
  • utilizar uma linguagem lúdica.

Essa etapa é denominada condicionamento. Se, após algumas sessões de condicionamento, o paciente ainda apresentar resistência ao tratamento, podemos lançar mão de alguns recursos, como sedação consciente ou anestesia geral.

Saiba também que a odontologia que trata pessoas com necessidades especiais atende, inclusive, pacientes portadores de Síndrome de Down.

Como ocorre o atendimento do dentista à pessoa com autismo?

A restrição física, com estabilizador, ou química, com uso de fármacos, é utilizada apenas quando os métodos psicológicos são pouco eficazes. Para isso, é solicitada a autorização formal dos responsáveis.

Outro ponto é que pessoas com distúrbios comportamentais, intelectuais e físicos, que são dependentes dos responsáveis para realizar atividades do dia a dia, devem estar sempre com um acompanhante durante os procedimentos odontológicos.

Dentista para pessoas com diabetes

Em vez de alterações cognitivas ou comportamentais, existem pacientes que necessitam de dentistas com conhecimentos específicos para fazer um tratamento odontológico seguro, como diabéticos, hipertensos, portadores de doenças cardíacas ou pacientes em tratamento quimioterápico.

O Diabetes é uma doença que apresenta inúmeras repercussões na saúde bucal, como por exemplo, boca seca, o aparecimento de doenças oportunistas, principalmente a candidíase oral, atraso na cicatrização de feridas operatórias, entre outras.

Além disso, existem algumas interações entre medicamentos utilizados no controle da dor e da inflamação que possuem interações com hipoglicemiantes orais. Tais conhecimentos são essenciais para que este paciente receba um atendimento odontológico seguro e eficiente.

Como ocorre o atendimento do dentista à pessoa com diabetes?

Como são pessoas que possuem autonomia em suas tarefas, não precisam necessariamente estar acompanhadas em todas as consultas.

Nesses casos, ter um acompanhante é mais recomendado durante alguns procedimentos cirúrgicos.

Dentista para pessoas que fazem quimioterapia

A quimioterapia é uma condição transitória que requer atenção por parte do cirurgião-dentista.

Durante essa fase, o paciente tende a apresentar algumas condições bucais diferenciadas, como sensibilidade nos dentes, boca seca, maior propensão a cáries.

Também pode apresentar quadros agudos e até mesmo a mucosite oral, que são algumas feridas que podem ocorrer na cavidade oral, a depender do medicamento de escolha utilizado para o tratamento do câncer.

Além disso, a quimioterapia tende a enfraquecer o sistema imunológico em algumas fases, sendo necessário estar atento ao melhor momento para a realização de procedimentos invasivos, bem como a seus exames hematológicos.

Dentista para tratar pessoas com alterações específicas

Algumas síndromes também apresentam alterações bucais específicas que podem ser diagnosticadas e tratadas pelo cirurgião-dentista, como alterações de oclusão, atrasos na erupção e na estrutura dentária, além de alterações no número, tamanho e forma dos dentes e diminuição ou aumento do fluxo salivar.

Prevenção de doenças bucais em pessoas com necessidades especiais

Quando o assunto é prevenção, o apoio da família dos portadores de necessidades especiais também é muito importante. Afinal, como grande parte desses pacientes nem sempre conseguem manter a saúde bucal em dia sozinhos.

Aliás, quanto maior o grau de dependência, mais atenção o responsável deve ter com a higienização e os cuidados preventivos.

Entretanto, o dentista também é responsável pela prevenção de doenças bucais, como a cárie e a doença periodontal.

Pessoas com necessidades especiais podem necessitar de recursos específicos, como a adequação a técnicas de escovação, utilização de abridores bucais para auxiliar o cuidador a realizar uma higienização eficiente, escovas, pastas de dentes e fios dentais específicos, adequados para cada paciente, além da utilização de recursos lúdicos, entre outros.

Por que o atendimento por um dentista especialista é tão importante?

Porque qualquer pessoa que apresente alterações na condição de saúde, sejam elas permanentes ou transitórias, simples ou complexas, cognitiva, sistêmica, social ou comportamental, precisa de um cuidado multiprofissional e uma abordagem odontológica específica.

O dentista especialista em atender pessoas com necessidades especiais possui uma formação específica para isso, com um olhar integral sobre a saúde, e possui um bom conhecimento das características e particularidades de cada condição.

Onde é feita a consulta odontológica de pessoas com necessidades especiais

A consulta para pessoas com necessidades especiais é realizada em um consultório de odontologia, mas que dispõe de todos os equipamentos e materiais adequados para um tratamento totalmente seguro.

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