17 mar Como profissionais de saúde bucal podem reduzir a propagação do Coronavírus
Os profissionais de saúde, incluindo os profissionais de odontologia, sempre estão suscetíveis à contaminação por muitos tipos de parasitas, por estarem em contato próximo com pacientes e seus fluidos corporais. Portanto, é essencial tomar algumas medidas preventivas para evitar o contato e diminuir o risco de contrair doenças.
Com o surgimento do novo coronavírus, os cuidados para evitar esse tipo de transmissão precisam ser redobrados. Portanto, nesse texto vamos falar um pouco sobre o coronavírus e cuidados na odontologia. Acompanhe conosco e saiba como você que é dentista deve se proteger.
O coronavírus e suas mutações
A primeira informação sobre o coronavírus é que, na verdade, ele não é um parasita novo. De fato, as primeiras amostras do vírus foram isoladas em 1937. Trata-se de uma família de agentes virais cuja principal característica são sintomas que afetam o sistema respiratório.
Até o ano passado, haviam quatro versões conhecidas do coronavírus que contaminaram humanos. Duas delas foram responsáveis por epidemias sérias: a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).
As outras duas mutações apresentam sintomas semelhantes ao do resfriado. A sua ocorrência é extremamente comum, e a maioria das pessoas se infecta com ele em algum ponto da vida. Ele só causa sintomas mais sérios em grupos vulneráveis, como crianças abaixo dos dois anos e idosos.
Porém, o que vem chamando a atenção da mídia e alertando os órgãos de saúde é uma nova mutação do coronavírus (COVID-19). O novo agente, descoberto na província de Wuhan, na China, está sendo chamado de SARS-CoV-2.
O novo vírus se destaca pela velocidade de transmissão, já atingindo quase 80.000 pessoas (mais de 98% deles na China) até agora, segundo dados da OMS. Sua taxa de letalidade não é tão alta quanto parece; o verdadeiro risco está relacionado ao fato de o vírus causar problemas respiratórios em pacientes vulneráveis, especialmente idosos.
Ainda há muitas descobertas sendo feitas a respeito do novo coronavírus, desde os sintomas básicos até o modo de transmissão. Por ser uma doença muito recente, ainda não há vacina, e boa parte dos tratamentos ainda estão em fase experimental.
Quais os sintomas do novo coronavírus?
Os sintomas do novo coronavírus são muito variados. Há ainda casos em que a infecção é completamente assintomática. Portanto, para efetivamente considerar um caso como sendo infecção pelo novo coronavírus, é preciso haver comprovação por exame laboratorial.
No entanto, existem sintomas que podem ser atribuídos a casos do novo coronavírus. Um dos principais é a febre, especialmente se for acompanhada de problemas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar ou outros sintomas das vias aéreas).
É importante frisar, no entanto, que o caso só pode ser configurado como suspeita de infecção pelo novo coronavírus se atender às seguintes circunstâncias:
- Histórico de viagem para área com transmissão local (de acordo com a ONU) até 14 dias antes do aparecimento dos sintomas;
- Histórico de contato próximo com pacientes suspeitos ou apresentando sinais de contaminação por coronavírus até 14 dias antes dos sintomas;
- Histórico de contato próximo com casos confirmados de infecção por coronavírus nos últimos 14 dias antes dos sintomas.
O período de incubação varia entre 2 e 11 dias, e os sintomas podem demorar um pouco mais para se manifestarem. Por isso, para risco epidemiológico são considerados 14 dias após a viagem ou contato.
Caso você, como cirurgião-dentista, entre em contato com um paciente que apresente os sintomas, é preciso descrever os sintomas e encaminhá-lo para atendimento médico.
A importância dos cuidados para profissionais da saúde
A cada epidemia, os profissionais da saúde sempre estão entre os grupos de risco de transmissão. Isso porque eles estão em contato direto com pacientes vulneráveis e com fluidos corporais, que podem transmitir uma série de doenças.
No caso do novo coronavírus, isso não é diferente. Por isso, é muito importante estabelecer uma relação entre o coronavírus e cuidados na Odontologia, assim como em outras áreas da saúde.
Os procedimentos de cuidado para evitar as transmissões de doença por profissionais de saúde é conhecido como biossegurança. Esse conjunto de ações preventivas, que inclui o uso de equipamentos de proteção e higienização constante, tem vários benefícios, entre os quais podemos citar os seguintes:
- Evitar o contato com fluidos dos pacientes;
- Controlar a transmissão da epidemia;
- Proteger os demais pacientes e o ambiente.
No caso particular do coronavírus, se tipo de cuidado deve ser redobrado. A princípio, a transmissão pessoa a pessoa identificada pela OMS é por meio de gotículas de saliva ou mucosa da pessoa infectada. É importante tomar todas as medidas preventivas possíveis para evitar o contágio e arriscar tanto a sua vida quanto à segurança do seu consultório odontológico.
Orientações para os profissionais de odontologia
Desde o surgimento do novo coronavírus, tanto o Ministério da Saúde quanto outros órgãos, vêm divulgando documentos com orientações de como dentistas e demais profissionais da saúde devem agir para evitar a contaminação.
No que diz respeito ao novo coronavírus e cuidados na odontologia, é importante seguir os procedimentos básicos de prevenção. Pelos motivos já citados, é sempre bom garantir a sua segurança e a do seu consultório.
Isso inclui a higienização das mãos com água e sabonete ou álcool gel 70% nos cinco momentos determinados pela OMS. A lavagem deve ser por pelo menos 20 segundos, e não se deve tocar em nada antes de se realizar o procedimento em questão. Durante o período em que estiver trabalhando, evite tocar nos olhos e no nariz, especialmente se você tiver atendido um paciente que se enquadre nos sintomas suspeitos.
Também é fundamental desinfetar as superfícies do consultório, e os equipamentos de trabalho também. Não compartilhe objetos de uso pessoal nem com pacientes e nem com os colegas. E, caso você apresente sintomas, ou entre em contato com algum paciente que os apresente, procure ou encaminhe-o imediatamente assistência médica.
Fique sempre atento a novas informações sobre os casos do novo coronavírus no Brasil. Porém, se você seguir os procedimentos de prevenção de forma adequada, não há motivos para alarme.
Fonte: cemoi.com.br
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