10 mar Como fazer o seu fotopolimerizador durar mais?
No post de hoje, vamos falar sobre um tema novo, mas ao mesmo tempo velho. Como assim? O fotopolimerizador começou a ser mais usado a partir da década de 70, com a introdução das resinas compostas. Quanto à luz, no passado, utilizou-se o tradicional sistema de luz halógena. Posteriormente, os fabricantes passaram a utilizar fontes de laser de argônio e arco de plasma de xenônio. Com isso, resultou a estes uma redução no tempo de polimerização com consequente otimização da hora clínica de consultório.
Os modelos mais novos possuem as luzes de LED, isso faz com que ele já emita a luz azul direto, sem a necessidade de se comprimir outras ondas de luz. Por consequência, faz com que o aparelho não sofra com o alto aquecimento.
Será que a luz azul é desta cor por algum motivo especial?
O agente iniciador da resina, geralmente a canforoquinona, é fotoativado através do comprimento de onda de luz visível na média de 470 nm. Alguns fotopolimerizadores podem atuar de forma mista, alterando sua intensidade conforme o tempo passa. Isso varia de acordo com uma programação do dentista, evitando a contração de polimerização das resinas compostas.
Cada cor tem um espectro de ondas específico, que varia das tonalidades vermelho (menos quentes e energéticas) para violeta (mais quentes e energéticas). A cor azul do fotopolimerizador aquece de forma uniforme toda a estrutura molecular da resina, alterando-a e fazendo com que a presa ocorra, trazendo maior resistência e durabilidade àquele material.
Cuidados com o fotopolimerizador
Como você já sabe, o fotopolimerizador é uma peça de alto valor e que tende a durar por muitos anos. Porém, alguns cuidados precisam ser tomados para que a sua durabilidade seja alta. Primeiramente, guarde o seu equipamento em local apropriado, protegido de raios solares e umidade. O condutor de luz não pode ser mergulhado em solventes ou substâncias que contenham acetona na sua composição. Além disso, existem outros cuidados importantes:
- Evitar que o terminal condutor de luz toque a resina a ser polimerizada. Isso fará com que os resíduos não obstruam o feixe de luz;
- O equipamento não pode sofrer quedas;
- Caso a ponteira condutora de luz seja danificada (quebra, riscos ou sujeiras que não possam ser retirados facilmente), esta deve ser encaminhada para a manutenção e realização de um novo polimento ou substituição;
- Jamais utilize iodopovidona, glutaraldeídos ou produtos clorados, pois com o tempo podem produzir ataques superficiais sobre o corpo do instrumento;
- Não tente reparar componentes defeituosos ou substituir por partes de outro aparelho. Somente com a utilização das peças originais é garantido o perfeito funcionamento do aparelho;
- Após cada ciclo de utilização, remova a ponteira condutora de luz e o protetor ocular.
Limpeza e assepsia
Outro fator que possibilita sua durabilidade, é a conservação através da limpeza e assepsia. A assepsia habitual ou corrente deverá ser feita antes e depois do atendimento de cada paciente, dessa forma, é garantido que nenhuma contaminação ocorra de um paciente para outro.
A ponteira de fibra óptica pode ser esterilizada em Autoclave a 134°C a pressão de 2,3 kg/cm2., já a ponteira de polímero NÃO deve ser autoclavada. Para efetuar a limpeza e desinfecção do seu equipamento, pode-se utilizar substâncias bactericidas como:
- Lenços umedecidos com desinfetante ou líquido desinfetante de superfície;
- A limpeza dos óculos, do protetor ocular e da ponteira condutora de luz pode ser realizada utilizando lenços descartáveis umedecidos com álcool 70% ou lavados com água e sabão neutro.
Considerações finais
De acordo com alguns autores, independente do fotopolimerizador utilizado, a qualidade da luz é de fundamental importância para o sucesso clínico dos procedimentos realizados com materiais resinosos. Assim, a intensidade ou densidade de potência da luz emitida preconizada é de 400 mW/cm2 para adequada fotopolimerização de incrementos dos compósitos de até 2 mm.
Além disso, apesar de toda a preocupação quanto à qualidade da luz emitida e técnicas de fotopolimerização, estudos demonstram a falta de conscientização dos profissionais quanto à manutenção de seus aparelhos fotopolimerizadores. Foi constatado que muitos profissionais realizam a troca da lâmpada halógena apenas depois que esta queima. Além disso, não é realizado o monitoramento da intensidade de luz dos seus aparelhos com um radiômetro. Sugere-se que seja feito um protocolo de manutenção preventiva e periódica dos aparelhos fotopolimerizadores, o que, dessa forma, poderia evitar a diminuição excessiva da intensidade de luz emitida.
Fonte: dentalcremer
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